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Introdução
O uso excessivo de ecrãs na infância está associado a atrasos no desenvolvimento,
distúrbios do sono e impacto negativo nas competências sociais.
A Sociedade Portuguesa de Neuropediatria (2024) recomenda evicção total até aos 3
anos e controlo rigoroso em idades posteriores.
Objetivo
Este trabalho tem como objetivo dar a conhecer a forma de alertar os pais/famílias que
recorrem aos Cuidados de Saúde Primários (CSP) nas consultas de Saúde Infantil (SI),
das consequências da exposição precoce e excessiva aos ecrãs e a importância do
brincar. Tem ainda como finalidade divulgar as estratégias que implementamos nas
consultas de SI, como os folhetos elaborados e que servem de apoio à informação
transmitida.
Metodologia
Foi realizada revisão bibliográfica em bases de dados internacionais (PubMed, Scopus,
Google Scholar) com os descritores “criança”, “ecrãs” e “evicção”, selecionando
estudos dos últimos 10 anos que abordassem impacto do tempo de ecrã em pediatria
de forma a sintetizar evidências e recomendações para a prática clínica, que foram
depois compiladas em folhetos que servem de apoio às consultas de SI.
Resultados
Estruturamos as consultas de forma a incluirmos a informação desde idealmente na
primeira consulta, para avaliar a interação mãe-filho e a situação familiar, promovendo
um acolhimento integrado. Valorizamos os cuidados antecipatórios como fator de
promoção da saúde, nomeadamente facultando aos pais/famílias os conhecimentos
necessários ao melhor desempenho no que respeita à promoção e proteção dos direitos
da criança e ao exercício da parentalidade, em particular no domínio dos novos desafios
da saúde, nomeadamente na evicção de ecrãs e promoção da brincadeira.
Concluindo
A evicção de ecrãs em idade pediátrica revelou-se fundamental para promover o
desenvolvimento saudável infantil e prevenir complicações associadas ao uso
excessivo de tecnologia. Para apoiar as famílias, foram elaborados dois folhetos
educativos com estratégias práticas e recomendações claras para orientar pais e
profissionais no quotidiano.