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Description
Sabemos que a atmosfera terrestre degrada a qualidade das imagens
feitas por telescópios devido às variações da fase da frente de onda captada pelo
sistema ótico. Apesar dos ótimos resultados obtidos com a utilização da ótica
adaptativa (AO), obter uma função de propagação de ponto perfeita (PSF) é
impossível, devido a aberrações residuais na frente de onda, artefatos e a própria
forma da figura de difração, sendo que essas imperfeições atuam como fator
limitador na detecção de estrelas companheiras. A fim de minimizar tais efeitos,
propomos a utilização de uma pupila de máscara adaptativa com a utilização de
um DMD (Digital Micromirror Device), cujo papel foi de um modulador espacial
de luz. Através da modulação de certas porções da pupila, podemos obter um
pico mais pronunciado da PSF, reduzindo assim a largura a meia altura e
melhorando a relação sinal ruído. As práticas foram executadas com
equipamentos como laser ótico, lentes de diversas distâncias focais, câmera
utilizada como sensor de frente de onda Shack-Hartmann e um projetor
comercial, cujo DMD foi aproveitado e integrado ao sistema ótico. Uma
configuração foi montada, na qual o laser incide diretamente sobre o DMD
atuando como uma pupila. O projetor foi ligado a um computador, que
envia imagens para o DMD. Desse modo, o feixe laser é refletido no DMD e
projeta a imagem desejada da pupila. As ideias apresentadas continuarão sendo
aprimoradas no futuro, com o intuito de demonstrar na bancada ótica possíveis
avanços tecnológicos na área da ótica adaptativa.