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Os estudos sobre raios cósmicos avançaram ao longo de décadas. A descoberta desses raios ocorreu em 1912, quando o físico austríaco Victor Hess, utilizando balões, observou um aumento na radiação ao ascender na atmosfera terrestre, sugerindo uma origem extraterrestre. Apesar do progresso, as fontes destas partículas cósmicas ainda são desconhecidas. Esse desafio se deve à interação dos raios cósmicos com o meio extragaláctico e intergaláctico, bem como à deflexão causada por campos magnéticos e partículas, incluindo fótons de radiação cósmica de fundo. Resultados recentes do experimento Alpha Magnetic Spectrometer (AMS) mostram que o fluxo de deutério, isótopo estável do hidrogênio, também conhecido como hidrogênio pesado - resultante da interação de hélio com o meio interestelar - apresenta variações semelhantes às de outros tipos de raios cósmicos, como prótons e isótopos de hélio, indicando que os núcleos de deutérios possuem uma componente primária maior que a prevista pela literatura. Neste contexto, este trabalho utiliza o código GALPROP para propagação de raios cósmicos considerando diferentes distribuições de fontes galácticas, processos de difusão, modelos de campo magnético galáctico e interações de partículas, com o objetivo de descrever as medidas apresentadas pelo AMS e contribuir com a identificação de fontes de partículas cósmicas.