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Apesar de décadas de observações modernas, ainda não tínhamos uma determinação precisa da forma real do Sol. Espera-se que o limbo solar desvie muito pouco de um círculo perfeito, mas mesmo pequenas diferenças — chamadas de asfericidades — podem revelar informações importantes sobre o interior solar e sua atmosfera, áreas de difícil acesso por outros meios. Neste estudo, utilizamos dados de um experimento espacial de longa duração, com alta resolução, para investigar a forma do Sol. Descobrimos que o Sol apresenta uma oblatidade (achatamento nos polos) constante ao longo do tempo, praticamente insensível às variações do ciclo solar. Além disso, verificamos que esse achatamento é menor do que o previsto por modelos teóricos, o que pode indicar que a rotação nas camadas mais externas do Sol é mais lenta do que se pensava. Esses resultados contribuem para uma melhor compreensão da estrutura e dinâmica solar e mostram como medições extremamente precisas podem revelar aspectos sutis, porém fundamentais do Sol.