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As manchas solares sempre despertaram curiosidade aos observadores do céu. Mas foi Galileu Galilei, em 1910, que primeiramente as observou em detalhes, notando que giravam com o Sol e surgiam em diferentes posições ao longo dos dias. Hoje sabe-se que as manchas solares são regiões mais frias da fotosfera com intensos campos magnéticos. Em era digital, atualmente podemos facilmente encontrar imagens do Sol e contemplar as variações de suas manchas. Com esta acessibilidade, como poderíamos explorar estas imagens a fim de compreendermos melhor o movimento de rotação do Sol? A partir disto, realizamos uma atividade prática para a determinação do período de rotação solar durante uma oficina de formação continuada com professores da Educação Básica. O curso se iniciou com estudo da composição do Sol, suas diversas camadas e a formação das manchas solares. Para a prática, obtivemos via web imagens do Sol em dias sucessivos ao longo de uma semana. Com as imagens impressas, escolhemos a mancha para ser monitorada. Utilizando uma folha de papel vegetal sobre a primeira fotografia, a circunferência do Sol foi delineada, assim como a posição da mancha neste primeiro dia. Da mesma forma, sobre a mesma circunferência, foram marcadas as posições das manchas ao longo dos demais dias. A partir desses dados obtivemos o deslocamento angular da mancha durante o intervalo de tempo analisado e, portanto, pudemos estimar um valor para o período de rotação solar. Os professores realizaram a medição do período de forma individual, com momentos de troca de dúvidas e informações, assim como levantamentos de como realizar a prática em sala de aula com seus alunos. Muitos deles declaram não saberem previamente sobre a constituição do Sol e que este realizava um movimento de rotação, de modo que a oficina lhes trouxe algo novo de conhecimento. Com isto, esperamos que práticas como esta possam contribuir para a formação dos professores e, consequentemente, para o ensino da Astronomia.